Quando me dei por conta o mundo vinha girando
Pois deu um bufo assombrado se deu volta veiaqueando
Bagual que estava costeado perdeu a doma no upa!
No primeiro salto que deu me sentou lá na garupa
Mas eu que vivo no arreio não me assusto assim no más
Fui me ajeitando nos cacos quando deu volta pra trás
E aprumando uma guachita aconselhando o rapaz
Era um mouro cabeça preta marca de bridão dos guerra
Que se incomodo comigo querendo me por pra terra
Mala branca, desgranido foi inventar esta fuzarca
Boleava a anca no ar corcoveando que nem vaca
Mas eu que vivo.......
Cruzamos num taiperiu quase igual a um pé de vento
Taureando nesta peleia sem aflouxar nem um tento
Taureando nesta peleia sem aflouxar nem um tento
Oigalê pegada feia neste fundão de invernada
Nesta hora que se vê que a vida não vale nada
Mas eu que vivo.......
Vinha os arreios ringindo numa toada de pelo e couro
Entreparou contra a cerca reconheceu a doma o mouro
Troteou meio se espiando como zombando comigo
Enfiei o chapéu nos olhos com cara de poucos amigos
Por que eu que vivo......
Gerson Brandolt
Enfiei o chapéu nos olhos com cara de poucos amigos
Por que eu que vivo......
Gerson Brandolt
Nenhum comentário:
Postar um comentário