segunda-feira, 23 de maio de 2011

No meu rancho de posteiro

  
    
               
                                       Gerson Brandolt

 

Mangueira de pedra bruta, porteira de varejão
Tronco bueno de pau ferro pra lidar com a criação
Campo fino e aguada boa o gado pega a engordar
Uma vacagem pampeana que da gosto de se olhar


Um mouro marca de cuia, parceiro pra toda a hora
Que troteava se espiando pra roseta das esporas
Um laço de doze braças pachola atado nos tentos
E um cury encouraçado toureando a força do vento

O dia a dia do campo e as pegadas da lida 
É a vaca que lambe a cria no pasto recem parida
O tranco manso do pingo são quadros de campereada
O cusco costeando o estrivo retornando da invernada

A tarde chega de manso encerro a terneirada
Me recolho pro galpão pra matear com a prenda amada
Morena dos olhos negros que encanta este campeiro
Mais um dia que se vai neste rancho de posteiro

Isto é Rio Grande! Este é meu chão!
Pago gaúcho que trago no coração
Isto é Rio Grande! xucro e campeiro!
Esta é minha vida neste rancho de posteiro




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